O Banco Central vai decidir a nova taxa Selic em breve, o que pode afetar toda a economia brasileira nos próximos dias, inclusive o valor dos empréstimos. Entenda.
A taxa Selic é a principal referência para os juros no Brasil, definida pelo Banco Central. Ela impacta diretamente as operações financeiras, como empréstimos e financiamentos, além de desempenhar um papel crucial no controle da inflação.
Em agosto, novos índices mostraram uma deflação, ou seja, uma diminuição nos preços dos itens. Isso pode levar o Banco Central a manter ou até reduzir a taxa Selic. A decisão será tomada na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Com isso, muitos consumidores brasileiros devem prestar atenção nas decisões do Copom. Afinal de contas, o que for definido pelo BC pode afetar o bolso dos brasileiros, tornando os itens mais baratos ou mais caros.
Banco Central vai anunciar nova Selic em breve; como o bolso dos brasileiros é afetado com a decisão?
Uma elevação da Selic resulta em um aumento nos custos de empréstimos e financiamentos. Com juros mais altos, o crédito se torna mais caro, desestimulando o consumo e ajudando a controlar a inflação. As instituições financeiras ajustam suas taxas conforme a Selic, o que pode restringir o acesso ao crédito e reduzir a demanda.
Por que o Banco Central aumenta a Selic?
O Banco Central aumenta a Selic para frear o consumo e controlar a inflação. Juros mais altos encarecem o crédito, diminuindo o gasto dos consumidores e ajudando a estabilizar os preços. Em contraste, uma redução na Selic pode estimular a economia, mas também pode pressionar os preços para cima.
Inflação de agosto e sua influência na Selic
Agosto registrou uma inflação negativa de -0,02%, uma queda significativa em relação ao mês anterior. Este resultado ficou abaixo da previsão do mercado, que esperava um aumento.
A expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha ou reduza a Selic na reunião de setembro. No entanto, 75% dos investidores esperam um aumento de 0,25 ponto percentual, enquanto 14% preveem um aumento de 0,50 ponto percentual.
Empréstimos podem ficar mais baratos?
Com a deflação de agosto e possíveis ajustes na Selic, os empréstimos podem se tornar mais baratos no futuro. Entre 2023 e 2024, o país já experimentou cortes na taxa de juros, o que reduziu as taxas de crédito, como o consignado do INSS para 1,66% ao mês.
Contudo, a incerteza quanto à decisão futura da Selic ainda pode afetar o custo do crédito.
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Como funciona o consignado?
Conforme já mencionado, o Banco Central alterou as regras do consignado neste ano. O é uma opção de empréstimo para aposentados e pensionistas, destacando-se pela facilidade de aprovação e juros reduzidos.
Neste modelo, as parcelas são descontadas diretamente do benefício mensal, o que reduz o risco de inadimplência para as instituições financeiras e proporciona condições favoráveis para os tomadores de crédito. No entanto, é essencial estar ciente dos riscos envolvidos.
O que é margem consignável?
A margem consignável é o limite máximo do benefício que pode ser comprometido com o pagamento das parcelas do consignado. Segundo as normas do INSS, a margem é de até 45% do valor do benefício.
Desses 45%, 35% podem ser usados para o empréstimo consignado e 5% para despesas com cartão de crédito consignado. Esse cálculo busca assegurar que o beneficiário mantenha recursos suficientes para suas despesas básicas.
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